De forma mais geral: Analisar o impacto da Web 3.0 no perfil de uso da Internet

“De forma mais geral: Analisar o impacto da Web 3.0 no perfil de uso da Internet.”
@ Renato Sales Bizerra Aguiar / SOR

Por meio de análises compreensivas, que serão realizadas nas etapas 2 e 3, as discussões serão tratadas de forma transversal entre os eixos.
Do ponto de vista das redes de telecomunicações, a mudança no paradigma de uso da Internet perpassa pelos fundamentos da Web 3.0. Em uma Web descentralizada, semântica e focada no usuário, espera-se que as experiências dos usuários na Web sejam personalizadas, e menos dependentes de grandes organizações, provedores ou organismos de controle. Isso significa que o uso massivo de inteligência artifical, criptomoedas, blockchain em geral e outras formas de garantir individualidade e segurança da informação na Web devem modificar a maneira com que o usuário interage com os recursos computacionais. A intensificação do uso da Internet como uma utility, a imersividade e a geração de conteúdo de maneira descentralizada, do usuário para a rede, deve modificar tanto as aplicações quanto a infraestrutura, onde as assimetrias entre upload e download serão reduzidas. Nesse contexto, espera-se que o acesso a banda larga móvel seja mais intensamente demandado e a ubiquidade passe a ser natural tanto para os dispositivos que os indivíduos portam, quanto para os dispositivos de IoT. Isso significa uma mudança relevante no perfil de uso da Internet, tornando a conectividade e a imersividade tão essenciais quanto os serviços de energia elétrica e saneamento básico. Para a gestão do espectro, isso é particularmente importante, pois a ubiquidade é obtida por meio de uma ampla rede de cobertura, ao passo que a imersividade só é possível com alta vazão e baixa latência. Cobertura, vazão e latência são métricas altamente dependentes de infraestrutura, em especial, daquela de última milha que será provida principalmente por serviço móvel pessoal (SMP).
Um dos efeitos analisados ao longo da pesquisa é uso de rede descentralizada para atender áreas rurais. A rede descentralizada permite que regiões sem acesso à Internet possam usufruir de sistemas inteligentes com uso de IoT e Blockchain para gerenciar cadeias produtivas. Inicialemente, nota-se perfil de uso comercial.

Nesta resposta tomo a liberdade de consolidar algumas informações prestadas por colegas de diversos eixos, de modo a oferecer uma resposta mais orgânica à pergunta.

A Web 3.0 está transformando significativamente o uso da Internet pelos usuários, introduzindo novas dinâmicas e possibilidades além das capacidades da versão atual da Internet. Promovendo a descentralização, ela permite que os usuários tenham maior controle sobre seus dados. Diferente da Web 2.0, onde os dados são centralizados em servidores de grandes empresas, a Web 3.0 utiliza tecnologias como blockchain para distribuir o armazenamento de dados, garantindo que os usuários sejam os verdadeiros proprietários de suas informações.

Com a descentralização, os usuários ganham mais autonomia e privacidade, podendo decidir como e com quem compartilhar seus dados. Isso reduz a dependência de intermediários e aumenta a segurança contra vazamentos e abusos de dados. Além disso, a Web 3.0 integra tecnologias imersivas como Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA), proporcionando experiências mais envolventes e interativas. Isso está mudando a forma como os usuários consomem conteúdo, participam de eventos e interagem socialmente no ambiente digital.

O conceito de metaverso, um espaço virtual compartilhado e persistente, ainda tem destaque na Web 3.0. Os usuários podem criar avatares e participar de atividades sociais, comerciais e educacionais em um ambiente virtual, ampliando as possibilidades de interação e colaboração.

Sob outra perspectiva, a Web 3.0 traz novos desafios de segurança. Tecnologias como blockchain e metaverso têm sido alvo de ataques cibernéticos, e a descentralização aumenta a superfície de ataque, exigindo novas abordagens para mitigar vulnerabilidades e proteger os usuários. Avanços na proteção de privacidade também estão sendo impulsionados, com técnicas como auditoria anônima, identidade autossoberana e criptografia avançada sendo desenvolvidas para garantir a proteção dos dados dos usuários contra acessos não autorizados e abusos.

No âmbito financeiro, a Web 3.0 tem potencial para revolucionar a economia digital com o uso de criptomoedas e finanças descentralizadas (DeFi). Os usuários podem realizar transações financeiras de forma segura e transparente, sem a necessidade de intermediários tradicionais como bancos, democratizando o acesso a serviços financeiros e criando novas oportunidades econômicas. Os tokens não fungíveis (NFTs) permitem que os usuários possuam e comercializem ativos digitais de forma única e verificável, transformando setores como arte, música e jogos, onde a propriedade digital e a autenticidade são valorizadas.

Entretanto, existem desafios a serem enfrentados. A Web 3.0 ainda não impulsiona completamente os negócios na rede, com sua adesão em andamento e potencialidades ainda a serem plenamente conhecidas. Do ponto de vista das redes de telecomunicações, a mudança no paradigma de uso da Internet, promovida pela Web 3.0, espera-se que as experiências dos usuários sejam personalizadas e menos dependentes de grandes organizações. O uso massivo de inteligência artificial, criptomoedas, blockchain e outras tecnologias garantirá a individualidade e a segurança da informação, modificando a interação dos usuários com os recursos computacionais. A intensificação do uso da Internet como uma utility, a imersividade e a geração de conteúdo de maneira descentralizada modificarão tanto as aplicações quanto a infraestrutura, reduzindo as assimetrias entre upload e download.

A título de exemplo, um dos efeitos analisados ao longo da pesquisa é o uso de rede descentralizada para atender áreas rurais. A rede descentralizada permite que regiões sem acesso à Internet possam usufruir de sistemas inteligentes com uso de IoT e blockchain para gerenciar cadeias produtivas, inicialmente com um perfil de uso comercial.

Nesse contexto, espera-se uma demanda mais intensa por acesso a banda larga móvel e a ubiquidade se tornará natural tanto para os dispositivos portáteis dos indivíduos quanto para os dispositivos de IoT. Isso significa uma mudança significativa no perfil de uso da Internet, tornando a conectividade e a imersividade essenciais como os serviços de energia elétrica e saneamento básico. Para a gestão do espectro, isso é particularmente importante, pois a ubiquidade é obtida por meio de uma ampla rede de cobertura, enquanto a imersividade só é possível com alta vazão e baixa latência. Cobertura, vazão e latência são métricas altamente dependentes de infraestrutura, especialmente a de última milha, provida principalmente por serviço móvel pessoal (SMP).

Seria legal identificar o autor dessa contribuição. De todo modo, consolidei o conteúdo numa resposta com o meu nome.