“Como a tecnologia (no caso, blockchain) pode ajudar a inibir o problema de vazamento de informações por meio de empresar terceirizadas (e.g., telemarketing). Contudo, alertou que a responsabilidade quanto a isso é das operadoras.
Nesse contexto, considerar também a problemática do fácil acesso a dados pessoais até mesmo por meio de sites da Internet.”
@ Rafael Leal Ferreira de Melo / SRC
Um dos princípios das arquiteturas de blockchain é a segurança. Por meio dela, armazenam-se dados de maneira distribuída, o que dificulta significativamente os ataques cibernéticos que visam bases de dados centralizadas, comuns em empresas e organizações que armazenam grandes volumes de informações pessoais.
Uso da tecnologia blockchain. A blockchain pode ser configurada como sendo to tipo “consórcio” e baseada em permissões, o que significa que apenas usuários autorizados têm acesso a determinadas informações, que estarão sob controle de um grupo de empresas, previamente habilitadas para acessarem e manipularem determinados coleções de dados. Isso permite que as empresas (desempenhando o papel de controladores de informações pessoais) controlem rigorosamente quem pode acessar os dados pessoais armazenados na blockchain, reduzindo o risco de vazamentos por terceiros, podendo, em caso de vazamento indevido, permitir a identificação de qualquer acesso indevido ou uso impróprio de dados pessoais, além de fornecer um registro imutável de quando e por quem os dados foram acessados (e.g., telemarketing).
Estratégia para minimizar os riscos. Há ainda a possibilidade de tokenização pela substituição dos dados sensíveis por tokens únicos e não sensíveis. Os dados reais são armazenados de forma segura fora da blockchain, enquanto os tokens são usados nas transações. Isso minimiza a quantidade de dados pessoais expostos e reduz o risco de vazamentos.